A doença de Parkinson(DP) é uma enfermidade neurodegenerativa com grande prevalência na população idosa. Inicia-se geralmente por volta dos 60 anos de idade e acomete ambos os sexos.
A DP cursa com uma perda progressiva de células da substância negra de uma região do cérebro, conhecida como mesencéfalo. A degeneração dos neurônios da substância negra (da chamada parte compacta) resultará em uma diminuição da produção de dopamina, que é um neurotransmissor essencial no controle dos movimentos corporais.
Sendo uma doença que afeta principalmente os movimentos, a diminuição da capacidade dos indivíduos de movimentarem-se normalmente leva à dificuldade para a realização de tarefas do dia-a dia; dificuldades para andar, tornando-se mais lento; enrijecimento muscular; alterações na postura, com acentuação da curvatura da região superior das costas, favorecendo uma postura encurvada para frente e uma tendência a perder o equilíbrio.
Além dos sinais motores mais visíveis, o aspecto psicológico destes indivíduos também é afetado. A depressão ocorre com muita freqüência entre os pacientes da DP, e muitos também apresentam-se estressados e angustiados. Podem sentir-se inseguros e temerosos quando submetidos a alguma situação nova, podem evitar sair ou viajar e muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais.
A maior parte dos pacientes com DP não apresenta declínio intelectual. Isso significa que a capacidade de raciocínio, percepção e julgamento se encontram intactos. Entretanto, com freqüência, queixam-se de dificuldades para concentrar a atenção, com a memória (geralmente na forma de “brancos” momentâneos), cálculo e em atividades que requerem orientação espacial. A DP, atualmente não possui cura, porém, pode e deve ser tratada de forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. Dentre os métodos de tratamento existentes atualmente estão: fármacos, fisioterapia, terapia ocupacional, musicoterapia e fonoaudiologia, num tratamento multidisciplinar. Além disso, muitos trabalhos demonstram que a atividade física pode contribuir para amenizar os sintomas da DP.
Como a Sócio-psicomotricidade Ramain-Thiers pode ajudar o parkisoniano?
O Ramain-Thiers é considerado a sócio-psicomotricidade por ser um trabalho profundo de relação, que promove no indivíduo a condição de viver em coletividade.
A Sócio-psicomotricidade é um método de intervenção terapêutica que busca a compreensão do sujeito psíquico apoiando-se na idéia de que “o indivíduo é indivisível”, busca a integração corpo-mente-afetos-social.
É um trabalho em grupo, dinâmico, global tendo como referencial a Psicomotricidade e a Psicanálise. Acontece frente a mobilização do sujeito, através de um material rico e projetivo, respeitando as fases do desenvolvimento psicossexual do grupo. As vivências se dão através de três tipos de propostas:
- A Proposta Corporal: uma série de vivências de sensibilização e estimulação da percepção corporal sendo utilizados materiais de diferentes tipos: bolas, bambolês, sacos de areia,tecidos,
esponjas ,etc e músicas. Estes materiais sevem como instrumentos mediadores e facilitadores do contato do sujeito com seu próprio corpo.
A Psicomotricidade Diferenciada: nesta proposta estão contidas atividades de recorte, simetria, dobradura, cópia, quebra-cabeça, encaixe utilizando uma grande variedade de material como: lápis grafite e colorido, caneta hidrocor, cola, durex, lãs, linhas, etc. e outros materiais padronizados como papéis quadriculado, pontilhado, triangular e pranchas.
A Verbalização: as pessoas associam às propostas as suas histórias de vida e à vivência com novos significados das questões emocionais.
O portador de DP além dos sintomas motores característicos da doença pode apresentar distúrbios cognitivos e emocionais. A sóciopsicomotricidade tem como proposta harmonizar o ser como um todo, numa terapia global, promovendo o desenvolvimento integral do ser nos aspectos motor, emocional, cognitivo e social. Assim justifica-se que a Sócio-psicomotricidade Ramain-Thiers pode se aplicada com portadores da DP com resultados satisfatórios, levando-o a conviver melhor consigo mesmo e com o mundo em sua volta.
É fundamental que os portadores de DP aprendam a conviver e a lidar com as incapacidades e as potencialidades que são inerentes `a sua pessoa. A capacidade de compreender sua situação e modificar sua conduta é um importante instrumento de vida, tendo como facilitadora a sóciopsicomotricidade, uma nova alternativa.
- Psicopedagoga
- Sócio-psicomotricista
2 comentários:
Olá, eu tenho um tio ke tem parkinson, e eu gostaria de saber mais sobre celulas tronco em pessoas com parkinson, quais as vantagens, desvantagens se ajuda mesmo, e se sim, qual o hospital que é realizado celulas tronco .
espero respostas no seguinte email:
vinygabi@ig.com.br
Obrigada!
Postar um comentário